31 de maio de 2012

..e a Tua vontade

Tenho algumas Bíblias para Crianças. Gosto de olhá-las às vezes, passar os olhos pelas gravuras e lembrar de como era bom meu tempo de criança. Uso elas também para procurar temas ou explicações para cultos ou textos para o blog. Desta vez eu estava procurando algo para levar para o grupo e adolescentes (os dois posts anteriores foram estudos feitos para eles). Ao abrir o livro infantil eu vi a figura de Paulo e Silas sendo presos e decidi fazer o estudo sobre esse tema. Orei, pensei, orei de novo, pensei em desistir e procurar outra coisa mas daí resolvi mantê-lo; e deu nisso:

A prisão de Paulo e Silas acontece na segunda viagem missionária de Paulo. Ele já tinha dado "adeus" à Barnabé e torcido o nariz para João Marcos (que mais tarde cai nas graças do apóstolo marrento)e se juntado com Silas. Paulo já tinha conhecido Timóteo e o circuncidado (judeuzada era fogo!); teve uma visão em Trôade para ir à Macedônia e Lídia foi convertida.

A história que quero contar está em Atos 16: 19-34.

Foi em Filipos, cidade da Macedônia, atualmente conhecida por Europa (,prazer)que Paulo encontrou uma moça adivinhadora que era serva de um grego que não ficou nada contente com o apóstolo por tê-la exorcizado. E lá foi Paulo e Silas aos pretores (magistrado romano) dar explicações. Os belos olhos dos apóstolos e seus argumentos não convenceram os pretores e ambos foram levados ao cárcere e foram açoitados em um tronco.

Depois de açoitados e ainda amarrados resolveram cantar:

"Lêrê, lêre, lêre-lêre-lêre..."

Mentira, cantaram louvores a Deus - não se sabe se for para pedirem libertação ou somente o puro e simples louvor sincero, mas o fato é:

"Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente, sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; e abriram-se todas as portas, e soltaram-se as cadeias de todos" v.25-26

Se um de nós estivesse preso injustamente (ou não) e víssemos que as algemas não estavam em nosso corpo e as portas abertas, talvez, em 99% dos casos, a fuga seria a primeira e mais sensata opção. Os cristãos diriam que foi providência divina para aquela injustiça e escapariam. Outros diriam que o Cosmos está a sua favor e libertando-os. Cada um pensa como lhe cabe!

Na história de Atos 16 ninguém se mexeu, talvez, pelo susto ou algum outro fator que não está mencionado por ser irrelevante no relato.
O carcereiro tirou a própria espada e iria matar-se quando Paulo disse em voz alta:

"Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos!"

A punição para o carcereiro que perdesse um preso era a morte, o de Paulo queria adiantar a sua. Porém, Paulo o impediu.

Pequenas atitudes podem trazer grandes resultados.

O carcereiro foi até os dois apóstolos e perguntou como poderia ser salvo! E Paulo falou o que estamos carecas de saber:

"Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa" e foram batizados.

O carcereiro lavou as feridas de todos e com aquela mesma água foi batizado.

Paulo e Silas foram soltos (não é mencionado o período do cárcere) e foram até a casa do carcereiro e todos aceitaram Cristo como Senhor e Salvador e foram batizados.


Atos 16: 19-34 me lembrou da vontade de Deus. Quantas vezes pedimos que Deus faça sua vontade e como pouco a praticamos. Estamos mais para passar o cálice adiante do que tomá-lo para si. Somos fracos e hipócritas! Achamos, em algum momento, que a vontade de Deus está ligado ao conforto e alegria. Veja só quanto conforto e alegria Paulo e Silas tiveram naquela prisão.

A vontade de Deus, pelo o que entendi lendo a passagem da prisão dos apóstolos, é trazer aqueles que estão afastados dEle para perto dEle. Se for diferente, por favor, me discipulem novamente porque eu achei que o "Ide e fazei discípulos" era verdade!

Paulo e Silas poderiam ter fugido e pronto: DANE-SE O CARCEREIRO! ELE MALTRATOU HOMENS DE DEUS! DEVE PAGAR POR ISSO! ..
Paulo fez a vontade de Deus (fazer discípulos); ficou na prisão e permitiu que toda a família do seu carrasco experimentasse a liberdade em Cristo.

Fazer a vontade de Deus! Estamos fazendo isso direito?

Até a próxima!

23 de maio de 2012

..Foi uma delícia..

Alguns livros que leio me trazem vontades inusitadas.
Certo dia, enquanto lia Dom Quixote de La Mancha v.2, vi Sancho fazer um humilde piquenique regado a pão, queijo e vinho. Levantei da rede e fui até a cozinha preparar um pão quente, tamanha foi a vontade inspirada por escudeiro fiel do Cavaleiro da Triste Figura.

Antes de Sancho, no verão de 2009, eu estava deitada no chão lendo As Crônicas de Nárnia: O Cavalo e Seu Menino, quando a cena da refeição do cavalo me deu fome: aveia! Levantei, fui até o mercado próximo a minha casa e comprei uma lata de Neston. E até hoje, quando como esse prato digo: Huumm me deu vontade de cavalo!

E é sobre Nárnia que quero falar - mas deixando de lado minha vontade de cavalo. O engraçado é que enquanto eu lia Nárnia, minha mãe comentou com minhas irmãs: Eu não dou mais bola; se ela estiver chorando ou rindo: é por causa do livro!
E minha leitura de Nárnia foi regada a lágrimas e risos (e Neston).
Eu iniciei a leitura quando terminei o terceiro ano de Teologia; e durante a leitura pensei: porque não ensinar teologia de uma forma tão gostosa como CS Lewis estava ensinando!!? Sim, o autor escreveu um tratado teológico maravilhoso de uma forma muito doce e gostosa: feito para criança entender!
Lembro que um professor me deu uma advertência antes de eu iniciara leitura: é infantil. Ele fez isso pelo fato de saber que eu curto (e muito) os livros do amigo do CS Lewis, Tolkien e sua obra O Senhor dos Anéis!
E é o pueril que encanta em Nárnia; a simplicidade em algo tão complexo.

Em muitos trechos, Nárnia me fez refletir sobre minha vida de fé: eis o motivo das lágrimas e dos risos.
Quero registrar um dos trechos, que infelizmente o cinema em sua arte não pode ser fiel, que me deixou emocionada.

A cena é vivida em A Viagem do Peregrino da Alvorada, quando o chatinho do Eustáquio se transformou em dragão. Então, ele encontra Aslan e narra esse encontro à Edmundo. Leiam:

"Levou-me por um caminho muito comprido, para o interior das montanhas. E o halo sempre lá envolvendo-o. Finalmente chegamos ao alto de uma montanha que eu nunca vira antes, no cimo da qual havia um jardim. No meio do jardim havia uma nascente de água. Vi que era uma nascente porque a água brotava do fundo, mas era muito maior do que a maioria das nascentes - parecia um grande piscina redonda, para a qual se descia em degraus de mármore. Nunca tinha visto água tão clara e achei que se banhasse ali talvez passasse a dor na pata. Mas o leão me disse para tirar a roupa primeiro. Para dizer a verdade, não sei se falou em voz alta ou não. Ia responder que não tinha roupa, quando me lembrei que os dragões são, de certo modo, parecidos com as serpentes, e estas largam a pele. "Sem dúvida alguma é que ele quer", pensei.
Assim, comecei a esfregar-me, e as escamas começaram a cair de todos os lados. Raspei ainda mais fundo e, em vez de caírem as escamas, começou a cair a pele toda, inteirinha, como depois de uma doença ou como a casca de uma banana. Num minuto, ou dois, fiquei sem pele. Comecei a descer à fonte para o banho. Quando ia enfiando os pés na água, vi que estavam rugosos e cheios de escamas como antes. "Está bem", pensei, "estou vendo que tenho outra camada debaixo da primeira e também tenho que tirá-la". Esfreguei-me de novo no chão e mais uma vez a pele se deslocou e saiu; deixei-a então a lado da outra e desci de novo para o banho. E aí aconteceu exatamente a mesma coisa. Pensava: "Deus do céu! Quantas peles terei de despir?" Como estava louco para molhar a pata, esfreguei-me pela terceira vez e tirei uma terceira pele. Mas ao olhar-me na água vi que estava na mesma. Então o leão disse (mas não sei se falou): "Eu tiro a sua pele". Tinha muito medo daquelas garras, mas, ao mesmo tempo, estava louco para ver-me livre daquilo. A primeira unhada que me deu foi tão funda que julguei ter me atingido o coração. E quando começou a tirar-me a pele senti a pior dor da minha vida. A única coisa que me fazia aguentar era o prazer de sentir que me tirava a pele. É como quem tira um espinho de um lugar dolorido. Dói pra valer, mas é bom ver o espinho sair.
- Estou entendendo - disse Edmundo.
- Tirou-em aquela coisa horrível, como eu achava que tinha feito das outras vezes, e lá estava ela sobre a relva, muito mais dura e escura do que as outras. E ali estava eu também, macio e delicado como um frango depenado e muito menor do que antes. Nessa altura agarrou-me - não gostei muitos, pois estava todo sensível sem a pele - e atirou-me dentro da água. A princípio ardeu muito, mas em seguida foi uma delícia. Quando comecei a nadar, reparei que a dor do braço havia desaparecido completamente. Compreendi a razão. Tinha voltado a ser gente. Você vai achar um cretino se disser o que senti quando vi os meus braços. Não mais musculosos do que os de Caspian, eu sei que não são muito musculosos, nem se podem comparar com os de Caspian, mas morri de alegria ao vê-lo. Depois de certo tempo, o leão me tirou da água e vestiu-me". LEWIS, CS. As Crônicas de Nárnia de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada. Ed. Martins Fontes, SP, 2009, p. 451,452.

Olha o que entendi:

Existe no ser humano uma vontade enorme em se dar bem. E, faz parte de uma parcela da humanidade, querer buscar tudo, exatamente tudo, pelas próprias mãos. Isso inclui a salvação da alma.
Doações de alimento, roupa, trabalho voluntário de qualquer tipo para "comprar" seu pedacinho no céu.
Ou, fazer obras sem fim dentro e fora da igreja (sem amor) para convalidar a salvação.
E então eu cito as palavras de Salomão: E tudo é vaidade e correr atrás do vento!

A história de Eustáquio é semelhante a conversão cristã. Lewis pensou nisso também.
Não somos nós que buscamos a Deus, Ele vem ao nosso encontro (Lucas 19:10).
A salvação é uma via de duas mãos: Deus não irá fazer tudo sozinho por nós, é necessário querer! Eustáquio quis. Primeiro, ele tentou sozinho e foi inútil. Depois, Aslam chegou perto dele e ele sentiu que Aslam poderia fazer isso por ele, se Eustáquio quisesse.
Tentamos, de mil maneiras - consciente e inconsciente - usarmos nossos próprios meios para obter a vida eterna.
A história de Eustáquio também lembrou o retorno do filho pródigo (Lucas 15: 11 - 32): Ele se arrependeu e o pai não o recusou. O filho confessou seu pecado e foi aceito pelo pai com alegria, festa, aliança e roupa nova!

Mas eu digo: vida eterna todos teremos - uns a terão o sofrimento eterno, outros amor genuíno eternamente.
É muito comum ouvirmos alguém dizer quando alguém morre: Esse foi bom, vai para céu! (menos o Saramago - rs). Sempre achamos que todos devem ir para o céu: Kurt Cobain, Elvis Presley, Dercy Gonçalves, Chico Anysio, o bêbado da esquina, a prostituta do bairro, o pai ausente, o cara que vai todo domingo para a igreja, a senhora da OASE, o líder de jovens. Eu realmente não ponho minha mão no fogo por ninguém porque não conheço a vida espiritual delas - eu conheço a minha.
Um professor de teologia um dia contou que teremos três surpresas ao chegar no céu: A primeira será "Nossa! Ele veio!"; a segunda será "Nossa! Aquele não veio!" e a terceira será "Nossa! Eu vim!".

Não existe outro meio de chegar à salvação senão através de Cristo. Ele é o caminho, não existe atalho para a reconciliação com Deus. O homem fora do amor do Criador está morto. Jesus disse em João 14:6 "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Podemos tentar fazer de um jeito diferente, mas na verdade somente Cristo pode nos dar aquilo que nos falta, o essencial para nos religarmos ao Pai.

Quando Eustáquio permitiu que Aslam o tocasse, houve uma dor - que segundo ele foi boa pois aliviou outra dor maior que ele não conseguiu se livrar - o Leão o levou para o banho que ele tanto ansiava.
É precioso crer e ser batizado. Eu vi essa cena dessa forma. Crer é permitir que Deus nos toque com a garra do Leão e tire de nós a morte que nos separa de Deus; e o batismo é atestado de fé da conversão.

Eustáquio chegou na última festa realizada por Aslan. Ele entrou no estábulo que levava à Nova Nárnia! E você, quer entrar nesse estábulo e viver uma vida de alegria eterna?

9 de maio de 2012

"...cuida e não deixa ninguém entrar"

Eu sou apaixonada por séries de televisão. Se eu gostar mais acabo me tornando uma pessoa sem convívio social (hehe)!
Tem séries que eu não deixo de assistir: Supernatural, Grimm, The Big Bang Theory, Two and a Half Men; sem contar que tenho algumas minisséries também: Orgulho e Preconceito (Jane Austen), Norte e Sul (Elizabeth Gaskell), Jane Eyre (Charlotte Brönte) - que eu assisto repetidamente!
E, por mais que curta assistí-las, e mesmo que saiba que elas têm um "pé" com a realidade, eu não acredito que elas sejam verdadeiras. Eu não acredito que Supernatural é a expressão do verdadeiro mundo sobrenatural. Eu sei que a série Grimm não é a verdadeira história dos irmãos Grimm etc. É uma distração, e não um modo de vida!

Já que citei Grimm, quero contar uma história famosa dos irmãos: A Branca de Neve.
Curiosidade: uma amiga me contou que os irmãos Jacob e Wilhelm eram luteranos. Gente boa! :)

A história: Certa rainha grávida, durante o inverno, bordava enquanto grossos flocos de neve caíam. Ao bordar, picou o seu dedo com a agulha e viu três pingos de sangue caírem na neve alva e desejou que sua filha tivesse a pele branca como a neve, fosse corada como o sangue e tivesse cabelos negros como o ébano.
E seu desejo se realizou, e sua filhinha se chamou Branca de Neve.
Infelizmente, a rainha faleceu quando sua filha ainda era muito pequena. Seu pai casou-se novamente (homens!) com uma jovem mulher muito vaidosa. A nova rainha tinha um espelho mágico que consultava sempre que lhe desse vontade:

"Diga-me espelho, sê verdadeiro
Entre todas no reino, aqui e além,
Existe mais bela? Revela-me quem".

A resposta sempre alegrava a vaidosa rainha: ela era a mais bela de todos os reinos.
Porém, a rainha não contava que uma rival crescia em seu meio; e aos sete anos idade, despontando em beleza, Branca de Neve tornou-se suprema em formosura!

Foi aí que a rainha ordenou que seu criado matasse a infante. Como sabemos, o criado não exterminou com a vida da jovem, mas abandonou-a em meio a floresta e à sua própria sorte.

A menina andou por vários lugares até encontrar uma pequena casa onde habitavam sete anões. Ao chegar ela comeu, bebeu e escolheu uma cama para dormir.
Os anões, ao verem seus bens usufruídos, indagaram-se sobre quem havia feito aquilo! A resposta estava dormindo na cama de um deles.

A menina contou-lhes a sua história e os anões a alertaram:

"A rainha logo descobrirá onde estás, portanto cuida e não deixa ninguém entrar".

Lá estava rainha defronte seu espelho mágico quando ouviu a resposta que lhe trouxe ódio ao coração:

"És bela, rainha, encantadora por demais;
Porém, além das montanhas, à sombra da verde floresta,
Com sete anões, em morada modesta,
Lá se esconde Branca de Neve, e esta
É mais bela que tu, rainha, muito mais"

A raivosa rainha disfarçou-se de velha vendedora e foi bater na porta da distraída enteada.

Branca de Neve achou a velhinha simpática e deixou que ela entrasse na casa dos anões. Vendedora com era, logo quis trocar a fita do espartilho da jovem, e o apertou tanto que a menina perdeu o fôlego. A megera foi voltou ao castelo feliz por deixar a enteada sem vida no chão da humilde casa.
Porém, sua alegria durou pouco. O seu espelho voltou a repedir a infame afirmação que Branca de Neve ainda era muito mais bela do que ela.
Os anões chegaram a tempo de desfazer o feitiço da madrasta, e a menina voltou a respirar suavemente. Alertaram-na, novamente para não permitir que ninguém penetrasse na casa.
Como os jovens são imprudentes, hein! Lá veio a velha vendendo uma linda tiara. Branca de Neve não resistiu e colocou-a na cabeça. Assim que o fez, desmaiou! A rainha foi embora, os anões retornaram mais cedo e a menina foi reanimada.
A rainha estava com um ódio tão grande, que daria sua própria vida para matar Branca de Neve.
Voltou à casa! E mesmo que a jovem não permitisse sua entrada, ela ofereceu uma deliciosa maçã (que não engorda! rs)para a enteada. Aquela maçã brilhava na mão da velha que deixou Branca de Neve com vontade de comê-la! Porém, lembrou-se do conselho dos anões e não quis aceitar! Foi aí que a rainha desferiu seu golpe, dizendo que também morderia a maçã, para provar que não lhe faria nenhum mal! A maçã estava com uma metade envenenada e a outra sã. Adivinha qual metade a megera mordeu?

E Branca de Neve caiu feito morta! A rainha voltou ao castelo e os anões não conseguiram acudir sua bela hóspede!
Por continuar tão linda, corada e com aspecto vivo, eles não enterraram a menina - construíram um ataúde de vidro e montavam guarda ao redor da desfalecida.

Depois de muito tempo, adivinha quem passou? Um príncipe! Sim.. e ele viu aquela moça tão linda que se apaixonou por ela e a quis levar para seu reino. Os anões relutaram, porém, convencidos do amor que o rapaz tinha pela moça, permitiram que ele a levasse. Ao erguer a jovem de seu belo sepulcro, o pedaço da maçã que ficou na boca dela caiu, ela voltou à vida e casou-se com o príncipe e foi viver com ele no seu castelo!

E a rainha? Quando soube, adoeceu e morreu!

FIM!

O que mais chamou minha atenção nesta história foi o aconselhamento dos anões! Insistiram três vezes (nas minhas contas) para que a menina tivesse prudência para não cair nas garras da rainha má!
Lembrei das cartas de Paulo, e lembrei de Timóteo.
O jovem Timóteo recebeu uma ordem de Paulo - seu pai na fé: não permitir que outras doutrinas fossem ensinadas além daquela que o apóstolo ensinou.
Na primeira carta a Timóteo 1: 1-5 Paulo pediu que o rapaz não permitisse que "fábulas ou genealogias intermináveis" tomassem o lugar do ensinamento passado por ele. O apóstolo falava sobre mentirinhas que querem tomar conta do coração do cristão. E sabemos quem é o pai da mentira.

Recordo de uma canção que aprendi no culto infantil:

Toc - toc - toc
Alguém me bate a porta!
Toc - toc - toc
Alguém deseja entrar?
É o mal querendo um lugarzinho!
NÃO! NÃO! NÃO! Você não pode entrar!

E a mentira, e as fábulas (não como esta que contei acima) querem vir de mansinho tomar conta da nossa vida. Querem trazer pequenas dúvidas, questionamentos que com falta de prudência permitimos entrar - era só um lugarzinho que já tomou todo o espaço!

Quantas mentirinhas os jovens ouvem hoje em dia: o amor é algo genérico, ser "de igreja" é ser careta, todo mundo vai para o céu, Deus é bom (é mesmo, eu não duvido, mas também é justo), você é jovem demais - espere para ficar velho e ir para a igreja etc

Você e eu não temos Paulo no nosso cangote dizendo para pregar sobre o verdadeiro evangelho; mas nós temos o evangelho em mãos! Vamos ser como os anões e não desistir de falar, avisar - e mesmo quando acharmos que tudo está perdido, vamos guardar nossos queridos porque ainda há esperança antes da morte!

Não podemos ser ingênuos e achar que em tudo há malícia; mas não podemos ser imprudentes permitindo que as mentiras daquele pai minem a fé em Cristo!

Para tanto, uma vida de fé real, firme, calçada na verdade de Cristo (o amor) deve ser cultivada!

Comece o dia com uma Canção..


Orgulho (Em Nome do Amor)
Pride (In the Name of Love) - U2


Um homem veio em nome do amor
Um homem veio e foi
Um homem veio aqui para justificar
Um homem para subverter

Em nome do amor
O que mais em nome do amor?
Em nome do amor
O que mais em nome do amor?

Um homem foi pego numa cerca de arame farpado
Um homem que resiste
Um homem lavado numa praia vazia
Um homem traído com um beijo

Em nome do amor
O que mais em nome do amor?
Em nome do amor
O que mais em nome do amor?

Manhã cedo, 4 de Abril
Tiros zumbem nos céus de Memphis
Livre ao final, eles pegaram a sua vida
Eles não poderiam pegar o seu orgulho

Em nome do amor
O que mais em nome do amor?
Em nome do amor
O que mais em nome do amor?

Em nome do amor
O que mais em nome do amor?
Em nome do amor
O que mais em nome do amor?