24 de junho de 2009

A Bela e a Fera se Separaram [por Marcos Botelho]


Temo afirmar que a maioria dos namoros acaba não porque um dos namorados se decepciona com o outro, mas sim porque um dos dois se decepciona com suas próprias expectativas. Vou tentar explicar melhor.


Temos que entender que um namoro começa antes mesmo de você conhecer a pessoa que você vai namorar, o namoro começa na sua cabeça. O seu futuro namoro começa agora, nas suas expectativas!

O que a maioria dos adolescentes ou jovens fazem enquanto não encontram seu namorado(a)? Eles ficam imaginando como eles(as) devem ser. E é aí que mora o perigo! Começa o namoro e, possivelmente, também começa o vírus que vai destruí-lo no futuro.

Dependendo de nossa expectativa, algo que era bom pode parecer ruim e uma coisa ruim pode até se tornar boa. Tudo depende da nossa expectativa.

Lembro-me de uma vez que chegou uma oferta de mil reais para um projeto do JV. Minha mãe, ao abrir o envelope, correu para falar com meu pai, jogou o envelope no colo dele e falou brincando: Bem! Chegou uma oferta de dez mil reais para o seu novo projeto. Meu pai nem conferiu o cheque, pulou de alegria, agradeceu a Deus e saiu para contar para os outros missionários a bênção que tinha acontecido. Depois de algumas horas, ao sentarmos à mesa para comer, meu pai comentou o que ia fazer com os dez mil reais e minha mãe corrigiu falando: Não amor, é mil reais, você não viu que eu estava brincando? Você não olhou o cheque? O rosto do meu pai mudou na hora, vocês precisavam ver a cara de decepção e raiva que ele estava naquele momento.

Ganhar mil reais de oferta sempre foi motivo de muita alegria aqui em casa, mas por causa da brincadeira de mau gosto da minha mãe, aqueles mil reais pareciam não valer nada.

Pois é assim também com o namoro, dependendo da expectativa que você tenha, o seu parceiro depois de algum tempo de namoro, mesmo valendo muito, pode parecer que não vale nada.

Os contos de fadas narram histórias que alimentam expectativas falsas, como a da princesa que encontra um sapo e depois de beijá-lo ele vira um príncipe, ou a história mais famosa, da Bela e a Fera que narra a história de uma princesa, que fica presa num castelo de uma fera horrível, mas que, com o tempo ele se torna um príncipe maravilhoso.

A expectativa do homem é diferente da expectativa da mulher. A mulher, já no começo do namoro, acredita que um dia o homem que ela gosta vai mudar, assim como o sapo/fera muda para príncipe e, na realidade o que acontece é que ELES NÃO MUDAM.

E os homens pensam que elas nunca vão mudar, sempre vão ser aquelas princesinhas que não mudam nos contos de fadas, mas o fato é que ELAS MUDAM.

É por isso que repito a frase que comecei este artigo: a maioria dos namoros acaba não porque um dos namorados se decepciona com o outro, mas sim porque um dos dois se decepciona com suas próprias expectativas.

Cuidado! Às vezes você está com um tesouro caro nas suas mãos, mas porque você “acha” que existe um tesouro maior no fim do arco-íris, você desvaloriza o que está com você!

19 de junho de 2009

O que significa Morrer para Cristo - por Calebe Ribeiro


"Ao ler a história dos primeiros cristãos, também conhecidos como mártires, podemos observar que todos que foram colocados ao desafio de negar a fé em Cristo diante da própria morte, não o fizeram. Pelo contrário, preferiram entregar seu próprio corpo a crucificação, a fogueira, aos açoites, aos murros, e finalmente a morte.


Todos os discípulos, segundo a tradição, receberam em seu corpo o castigo de servir a Cristo e de não abrir mão dessa convicção. A proposta imposta a esses fiéis era aparentemente simples: negar a fé em Cristo significava viver, afirmar a fé em Cristo significava morrer.

Temos relatos históricos de milhares de homens, mulheres, jovens e crianças que durante séculos foram perseguidos e colocados diante desse desafio, e qual era a resposta deles? Obviamente, eles escolhiam por preservar a fé e morrer, pois sabiam que negar a fé em Cristo e adorar aos demônios incorporados nos deuses era morrer estando vivo.

A grande pergunta que sonda esse período nebuloso de perseguição e morte é: por que todos preferiam morrer do que negar a fé?É so imaginarmos que fé é algo vindo do coração. Não é apenas uma exteriorização de atos. Sendo assim, eles não poderiam dizer que não acreditavam e depois retomar sua caminhada de fé´? Talvez, para nós, tomar essa atitude de preservar a vida seja mais coerente. Talvez você já tenha até chegado em algum momento a pensar que se vivesse naquele período, daria o famoso miqué, diria que não é cristão só para escapar.

Só que existe um fator histórico que responde essa nossa pergunta do porque os mártires tinham prazer em morrer por Cristo, tinham prazer em preservar sua fé.

Começando pelos discípulos que foram os primeiros mártires, vemos que a maioria das mortes desses foram semelhantes a de Cristo, seja pelo objeto ou seja pelo sofrimento. Na mente desses discípulos, morrer por Cristo era partilhar igualmente do seu sofrimento, e eles faziam isso, não porque eram masoquistas, mas porque, o sofrimento de Cristo por cada um deles estava fresco em suas mentes, isso instigava-os a se dar como o mestre se deu, por amor a Ele. O martírio era conseqüência da visão e da memória que eles tinham de Cristo e seu sofrimento.

E eu pergunto: Qual é o nosso martírio na pós modernidade?

Passou os séculos e os mártires sumiram. Hoje são poucos os que dão a vida, e digo de forma literal, por sua fé. Hoje, sofrer por Cristo é ter que ir aos domingos na igreja. Sofrer por Cristo é dar o dizimo, ou passar quatro anos no seminário. Sofrer por Cristo é fazer ação social, é criar e cumprir ritos religiosos e leis sem fim. O nosso martírio é deturpado por que perdemos a imagem do martírio de Cristo. Nós esquecemos o sabor, o cheiro, a dor, o sofrimento do mestre, e isso nos faz viver sem saber o que realmente é morrer por Cristo.

Os mártires antigos sabiam que diante do desafio de negar a fé, eles poderiam mentir e dizer que não eram cristãos, para preservar sua vida, pois afinal mais vale um discípulo vivo do que morto. Mas eles não faziam isso, pois sabiam que diante da cruz, o mestre não negou o seu chamado, pois ele sabia que mais valia um cordeiro santo crucificado, do que a criação divina morta em seus delitos e pecados".

12 de junho de 2009

Eu não resisto a uma Declaração de Amor ... ai ai


Ahhh não resisto a uma genuína declaração de amor ... e já que hoje é dias dos namorados, deixarei a declaração de amor melhor declarada, pelo homem mais lindo, perfeito, alto, elegante, charmoso e TDB do MUUUUNDOOO...


livro: Orgulho e Preconceito
Autora: Jane Austen
Ator da Série: Colin Firth ('ti lindo)
Ano: 1995

Darcy ficou sentado durante alguns instantes e depois, levantando-se, pôs-se a caminhar pela sala. Elizabeth ficou espantada, mas não disse nada. Depois de um silêncio de alguns minutos, aproximou-se agitado e disse:
— Em vão tenho lutado comigo mesmo; nada consegui. Meus sentimentos não podem ser reprimidos e preciso que me permita dizer-lhe que eu a admiro e amo ardentemente.

10 de junho de 2009

Hoje tem Marmelada !!! Tem sim, senhor !!!


Ontem a noite, na faculdade, estudamos sobre o profeta Miquéias e sua ação profética em Israel. Datas, locais, nomes, referências, contemporâneos e bla bla bla ...
Em meio a tudo isso, a mensagem de Miquéias ia contra os líderes de Israel que falavam contra aqueles que não prestavam suborno...
comeis a carne do meu povo e lhes arrancais a pele, e lhes esmiuçais os ossos, e os repartis em pedaços como para a panela e como carne dentro do caldeirão.[Miquéias 3:3]

Os seus chefes dão as sentenças por peitas, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? nenhum mal nos sobrevirá.[Miquéias 3:11]

E então hoje houve uma referência a um dito pastor e seu cajado que durante um evento "cristão" chamou um rapaz para cima do "palco" e o humilhou com palavras que, segundo o pastor, eram de DEUS ... aafff ... e quando esse mesmo pastor se dirigiu aos demais pastores, seu tom mudou - da "raiva" subta para um doce chamado.


Circos como esses me irritam profundamente. Porque pessoas como esse pastor ainda estão subindo em púlpitos para falar da Palavra de Deus,.. e pior, dizendo falar em NOME DE DEUS ... Porque que é que aqueles que podem tirá-lo lá de cima ainda permitem que pessoas como esse homem sejam convidados para falar ao povo de Deus ? 
Porque aberrações deste tipo ainda são permitidos EM NOME DE DEUS...

Pastores são homens que deveriam guiar o povo de Deus, mas cada dia eu me decepciono mais com esse tipo de gente, como esse pastor, que faz CIRCO para o um povo que continua ignorante sobre as coisas de Deus.. Um povo que continuará a margem enquanto não houverem pessoas de coragem para arrancarem esses palhaços do púlpito.

9 de junho de 2009

A Bênção de Ser Solteiro !


Li este livro uns anos atrás, e agora, nessa semana dedicada aos casais enamorados, eu lembrei dele.

Pensei sobre o que o estado civil: SOLTEIRO pode significar hoje.
No meio onde trabalho, em casa, na faculdade, entre amigas e amigos... Ás vezes, eu imagino que os solteiros devam ser pessoas amaldiçoadas! Será?
No trabalho, os meninos correm atrás de uma namorada ou ficante (fixa ou não).
Em casa, parentes querem saber se todos os filhos estão casados (graças a Deus minha mãe é uma mulher resolvida sobre esse assunto comigo).
Na faculdade, além de ser "criticada" por ser luterana ainda tenho que aguentar comentários sobre minha tão feliz solterisse (sem contar aqueles que acham que sou lésbica - Deus me ajude).
POR FAVOR, O QUE É ISSO TUDO ????
As pessoas correm tanto atrás de uma "cara metade" que, em casos, o "não estar só" já basta - não importa se é alguém que você goste, que compartilhe seus sonhos e tals.. Felizes são aqueles que são sensatos que procuram REALMENTE relacionamentos conjuntos (ultimamente, a individualidade exacerbada tem atingido até os casais).
E nisso tudo, se você estiver sozinho durante um longo tempo é um sério candidato a ser AMALDICOADO por SER SOLTEIRO.
Eu gosto de ser solteira. Tenho vantagens.
Parece que SER SOLTEIRO é um estado de infelicidade total. Não se pode rir. Não se pode ser alegre e feliz - a verdadeira felicidade só encontrada nos casais.
FALA SÉRIO!!!
Adoooooro meu estado civil. Vivo ele intensamente, com todas as suas BÊNÇÃOS. Não vou deixar de me divertir ou me alegrar porque não tenho um namorado ao meu lado.
Espero pelo meu Boaz.. mas vivo agora, feliz e com planos futuros (com ou sem marido neles).
Estou me preparando para a hora que ele chegar (e se chegar).
Não posso estar esperando para ser feliz somente depois casar: busco a felicidade agora.

PIADINHA:
Casamento é igual piscina gelada, depois que o primeiro entra, fica falando para os outros: - Pula que a água tá quentinha!

:D

5 de junho de 2009

Identidade :D

A Rede Globo, através do Jornal Nacional, passou uma série sobre "Os Evangélicos". Algumas denominações foram apresentadas, entre elas OS LUTERANOS !!! uuhuuuulll.....
Como é muito raro ouvir algo bom do meio secular sobre os evangélicos, essa reportagem vale a pena ser postada.
Beijos a Todos,
Fiquem com Deus ... :D

A atuação dos luteranos no Rio Grande do Sul
A principal característica da Igreja Luterana é acreditar que a salvação vem apenas pela fé e não como resultado de obras e boas ações. Mas isso não impede a forte ação social no sul do Brasil.

Nesta semana, o Jornal Nacional apresentou uma série especial de reportagens sobre a ação social de algumas das dezenas de igrejas evangélicas presentes no Brasil.

Nesta sexta, na reportagem que encerra a série, Flávio Fachel e William Torgano mostram a atuação dos luteranos no Rio Grande do Sul com descendentes de europeus, de negros, escravos e de índios guaranis.

Uma bênção que ecoa há 15 décadas numa região de pequenas propriedades em São Lourenço do Sul, a 200 quilômetros de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Eles são descendentes dos pomeranos, povo agricultor que vivia da própria terra na Europa, na região onde agora é a Alemanha.

Hoje, a lavoura no Brasil multiplica sorrisos. Mas nem sempre foi assim. A mesma terra que hoje vê prosperidade já foi testemunha de um modo de produção que empurrou os descendentes dos imigrantes para uma situação de dependência.

Durante quatro gerações, eles plantaram para patrões, venderam para atravessadores, perderam a relação de liberdade que tinham com a terra.

Hoje, 150 anos depois, a fé que os acompanhou nos barcos das grandes travessias do Atlântico, e que nunca foi esquecida, conseguiu começar a mudar essa história.

Uma chegada cheia de esperança nas promessas de terra farta e de felicidade. Nas malas, carregavam o pouco que tinham. Nos corações, traziam uma fé incomum no Evangelho e na Igreja Luterana.

“As primeiras igrejas que chegaram ao Brasil são igrejas que vieram a partir de grupos étnicos que foram trazidos para ocupar o lugar dos escravos. Esses grupos trazem suas crenças, criam as suas comunidades e as igrejas começam a se desenvolver”, explicou Maria das Dores Machado, socióloga da UFRJ.

A Igreja Luterana surgiu no século XVI, na Europa. Chegou ao Brasil com os pomeranos em 1824. Hoje já são 1 milhão de fiéis em todo o país.

Sua principal característica é acreditar que a salvação vem apenas pela fé e não como resultado de obras e boas ações. Mas isso não impede a forte ação social da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Rio Grande do Sul.

“A missão desse serviço foi exatamente de resgatar essa fé e uma fé tem que se articular com a vida das pessoas que se concretiza no jeito de se relacionar com a natureza”, disse Ellemar Wojahn, coordenador da IECLB.

Com o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, a igreja, de certa forma, devolveu aos fiéis a capacidade que os antepassados perderam: de sobreviver da terra sem depender de ninguém.

“Foi Deus que fez a natureza, foi Deus que fez em seis dias, no sétimo descansou e a deixou para nós para trabalhar e ganhar o nosso sustento”m afirmou o agricultor Romil Mühlenberg.

Seu Romil vive na terra que já foi de seu pai, do avô e do bisavô. Nunca abandonou a leitura da Bíblia. Na lavoura, o resultado do que está aprendendo com os irmãos luteranos: uma nova forma de produzir, sem agrotóxico. “Se não fosse a igreja, a gente não estava nessa da agroecologia”.

E a produção é vendida direto para o consumidor, na Feira dos Luteranos, no Centro de Pelotas.

Vantagem? O lucro de cada um não é dividido com mais ninguém. Mas o ganho maior para todos eles vem na esperança de ver a família continuar unida na fé e na terra dos antepassados.

“Agora eu sinto orgulho muito grande de estar na lavoura com meus filhos acompanhando. Eu acredito que daqui a 50 anos os meus netos estarão trabalhando aí”, projeta Seu Romil.

“A igreja tem essa pretensão de criar condições para que as famílias tenham possibilidade de ter renda e uma vida digna no meio rural”.

E ainda sobra para ajudar a quem precisa. Depois do culto, moradores pobres da região recebem cestas de alimentos doados pelos agricultores luteranos. “É uma sensação de que Deus está sempre com a gente apoiando, ajudando”, disse a desempregada Santa Janete Maia.

Estar com quem precisa. Os fiéis da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Rio Grande do Sul decidiram também estender a mão para mais gente que depende da terra no estado.

Descendentes de escravos, esquecidos nos quilombos, e os índios guaranis que, depois de perderem as terras, viraram mendigos de beira de estrada. Entre duas comunidades tão diferentes, muitas semelhanças.

“O Brasil tem uma dívida social e a igreja também tem uma dívida social com essas populações tradicionais que foram excluídas e marginalizadas que não têm lugar ainda hoje na sociedade”.

Preocupados com o mais básico – sobreviver – índios e quilombolas foram deixando os costumes para trás. Agora, os luteranos ajudam essas pessoas a se reencontrar com a própria cultura.

Estimulando os mais velhos a ensinar o que sabem aos mais novos. Assentados na reserva, os índios tiveram sorte. Podem agora ensinar às crianças guaranis que seu povo vive da terra. E que apesar do que sofreram com os brancos, continuam de braços abertos a quem quiser vir ajudar.

"Somos da tribo Tekoaporã e convidamos você a nos visitar", cantam os pequenos guaranis.

Uma lição de amor e solidariedade. “Jesus não perguntou se era difícil, onde estava, como é que era, que cor que tinha. Foi buscar e a gente tem que seguir esse exemplo, estar permanentemente nessa busca da ovelha perdida”, , declarou Rita Sorita, coordenadora da Igreja.

Na reportagem de quinta, nós mostramos o trabalho dos batistas com crianças que foram afastadas dos pais pela Justiça e também apresentamos o trecho de uma entrevista com a socióloga Maria das Dores Machado.

Ela observou que a doutrina pentecostal enfatiza a capacidade do indivíduo de desenvolver o dom do Espírito Santo. Só que nós mostramos esse trecho logo depois de explicar as origens da Igreja Batista e aí ficou parecendo que a Igreja Batista seria pentecostal.

Mas isso não é verdade. A socióloga se referia a outras igrejas. Os batistas têm origem na Inglaterra, no século XVII, valorizam o batismo na idade adulta e adotam princípios comuns ao protestantismo.