16 de janeiro de 2015

Vamos amar ..

Na leitura bíblica de ontem, eu li Lucas capítulo 5: 27-32.

Nunca faremos o que Jesus fez: sentar-nos com pessoas que não possuem boa fama aos olhos da maioria  "espiritual". Esse é o nosso grande erro como igreja: nós não nos misturamos.
Não nos misturamos porque temos "medo" do os outros dirão, porque temos medo que nossa fé enfraqueça, medo de gostar daquilo que eles fazem. Preferimos rotular o perdido do que chegar até ele. Somos, na maioria dos casos, a ovelha fofoqueira que fala mal daquela que se perdeu.

Ao contrário de Cristo, nós nos isolamos para manter a nossa "santidade". Será que ninguém percebe que isso não está dando certo? Será que a igreja não percebe que não está sendo modelo para o resto do mundo? Porque? Porque amamos mais ficar na nossa panelinha do que se importar com o outro.

O último noticiário foi a morte dos cartunistas de Paris. Correntes contra e favor se espalharam nas redes sociais. Há os que entram na onda e repassam todas as informações e charges contra os muçulmanos. Há os cristãos que retalham os cartunistas pelo trabalham que faziam. 

Eu sou à favor da vida. Se eu concordo ou não com o trabalho daquelas vítimas, eu sou a favor da vida! Isso me lembra uma frase de J.R.R. Tolkien em seu livro "O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel", que diz o seguinte:

Muitos que vivem merecem morrer. Alguns que morrem merecem viver. Você pode lhes dar a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém a morte, pois mesmo os mais sábios não podem ver os dois lados.

Precisamos parar de rotular quem deve ou não morrer; parar de justificar mortes tão cruéis e insanas. Cristãos devem falar de Cristo para vivos e não condenar mortos. O que está acontecendo? Porque não nos sentamos e conversamos?

Acho que nos falta argumento. Não conseguimos conversar sobre nossa fé sem menosprezar a fé do outro. Não conseguimos conversar com o próximo sem apontar seus erros. Nós não sabemos amar sem acusar. 

Nunca seremos como Cristo se continuarmos nesse caminho. Não digo que devamos ser tolerantes à tudo, mas, no momento, não conseguimos nem começar uma conversa inteligente e de boa qualidade sobre nossos princípios espirituais.

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