3 de agosto de 2008

Profissão: Escravidão!

Existem várias profissões: jornalista, esteticista, contador, professor, TEÓLOGO (hahaha), e escrava.
Nem todos precisam ser jornalista. Não é porque o seu vizinho é um bom jornalista (ou aspirante), que você, necessariamente, deverá ser jornalista.
Minha irmã é contadora. Eu sempre digo que ela é contadora de história haha, mas ela é uma boa profissional contábel. Tem um bom êxito na carreira. Apesar dela ser contadora, eu não preciso ser. Pude escolher outra carreira para mim; mas vocês já perceberam que escrava todos devem ser? 30 - 60 - 90 para as mulheres. Deve-se ter seios fartos, cintura marcante, coxas roliças, bumbum grande e firme, sem varises, estrias e celulite. Rugas? Jamais! Sinais: nem pensar. Quilos: só os necessários. Isso é a profissão Escravidão!
Seja linda, gostosa, sexy, chique, fale bem, movimente-se com classe... ou: seja gostosa, ande com pouco roupa, mostre o bumbum pra todas as revistas e fotos, seja burra e durma com todos.

Porque, atualmente, tudo gira em torno da fútil beleza? Em que ponto da história o corpo voltou a ser objeto cultuado de forma baixa?

Não tenho nada contra as modelos. É a profissão delas. Escolheram ser magras e sem marcas nenhumas, mas eu não posso querer ser o que minha estrutura física não permite que eu seja. Eu não quero ser algo que não quero ser. Adoro meu corpo (ok, todas as mulheres ODEIAM algo em si). Gosto das marcas que adquiri. Gosto de sentir que o tempo está passando, que não sou mais a menina de quinze anos com uma cinturinha linda de morrer e uma barriguinha de dar inveja na irmã mais velha. Sou agora uma mulher, que passou por fases de "engorda" e de "secura". Sou a mulher que pegou sol demais no verão e fiquei com uma ruga a mais por causa disso. Sou a mulher que tomou (e toma) coca-cola sem ligar para a futura celulite. Sou a mulher que todo homem pode gostar, mesmo que eu não tenha 30 - 60 - 90. Sou mulher com um quociente de inteligência necessário para conversar com qualquer ser humano - e não é a minha cintura, bumbum ou seio que vai me excluir do mundo e dizer que sou inferior.

Há uma frase que diz: "Não procure aperfeiçoar seu corpo, mas sim o espírito. O seu corpo físico é passageiro, mas o espírito é eterno". Infelizmente, não anotei o nome do autor.

Por favor, não pensem que sou devoradora de pratos inteiros, uma draga que engole tudo pela frente. Como aquilo que sei que faz bem ao meu corpo. Como o tanto que posso. Claro, quem não passa dos limites, as vezes. Eu me alimento de uma forma comum, sem frescuras, sem excluir nada do que eu gosto para ser bem vista por outras mulheres. Sim, outras mulheres. Homem de verdade não escolhe mulher pela cintura. Homem de verdade gosta de mulher de verdade.

O meu corpo é templo do Espírito Santo de Deus. É nele, neste corpo, que Ele habita através do sangue e ressurreição de Cristo. "Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o
templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus?" (Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 6, versículo 19).
Este corpo deve ser bem cuidado, nem em excesso, nem em escassez, mas de forma moderada. Sem muito luxo, nem com lixo, mas de uma forma saudável.

Parabéns as modelos, aos contadores, professores e todos os outros profissionais.
Sejam bons e felizes naquilo que escolheram.
Mulheres, homens, sejam normais. Não sejam moldados por um mundo em que só quem têm polegadas perfeitas são "os bons".

Nenhum comentário:

Postar um comentário